Nossa História

1859–2009
150 ANOS DA CHEGADA AO BRASIL DO REV. ASHBEL GREEN SIMONTON
12 de agosto de 1859, chega ao Rio de Janeiro, a bordo da galera Banshee, o Missionário Rev. Ashbel Green Simonton, um jovem americano de 26 anos.Em 12 de janeiro de 1862, no 2º andar do prédio localizado à Rua Nova do Ouvidor, 31, o Rev. Simonton recebeu por pública profissão de fé duas pessoas: Henry E. Milford e Camilo Cardoso de Jesus, e declarou organizada a Primeira Igreja

Presbiteriana do Brasil, a Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro; 12.01.1862, marco inicial da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Em maio de 1867, a Igreja passa a se reunir no Campo de Santana, 47 (atualmente este imóvel incorpora a propriedade do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro). Neste edifício funcionava uma Escola de Alfabetização de Adultos, um Salão de Culto, um depósito de livros e o pioneiro que teve como primeiros alunos os reverendos Antônio Bandeira Trajano, Modesto Carvalhosa e Miguel Torres.Como o salão de culto estava comprometido, ameaçando cair, a Igreja passou a se reunir em um prédio no Campo de Santana, esquina com Rua do Conde (atual Rua Visconde do Rio Branco – possivelmente o número 73). Este foi o quinto local.

MORRE O PIONEIRO, SOBREVIVE A OBRA
O Rev. Simontons adoece e falece prematuramente em abril de 1867, vítima da febre amarela, doença que todos os anos ceifava milhares de vidas. Sua determinação e confiança em Deus foram fatores decisivos para a obra missionária no Brasil. Quando Simonton decidiu enviar sua propostacomo missionário da Junta de Missões Estrangeiras, orou da seguinte forma:
“meus caminhos na certeza de que o Senhor dirigirá meus passos”.

UM LOCAL DEFINITIVO
O último local de culto foi a Travessa da Barreira, 11(depois 15 – atual Rua Silva Jardim, 23).
Uma propriedade adquirida por treze contos de réis em dezembro de 1870 pelo Rev. Alexander Latimer Blackford. Local onde estamos até o dia de hoje, pela graça de Deus.

O PRIMEIRO EDIFÍCIO DE CULTO
Com ofertas de irmãos de igrejas presbiterianas dos EUA, somadas com as ofertas e doações dos irmãos do Rio de Janeiro, foi possível construir um local mais apropriado para o culto e para a reunião dos fiéis. Não podemos chamar de Templo,pois as leis do Império Brasileiro não permitiam que religiões diferentes da religião oficial do Estado, o Catolicismo Romano, construíssem locais de culto com arquitetura litúrgico-religiosa, conforme registra o Artigo 5º da Constituição Política do Império do Brasil de 25 de março de 1824:
“Art. 5º. A Religião Catholica Apostólica Romana continuará
a ser a Religião do Império. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem
forma alguma exterior do Templo”.
Nós assim designamos como Templo tais locais de culto.
Assim, em 29 de março de 1874, foi inaugurado em culto solene o primeiro “Templo” Presbiteriano no Brasil.
Coube ao Rev. Alexander Latimer Blackford a construção deste primeiro templo.

O PROJETO DE CONSTRUÇÃO DO NOVO TEMPLO
Pastoreava a Igreja o Rev. Álvaro Reis (1864-1925) e é ele quem inicia uma grande campanha para a construção do novo Templo para a Igreja.Tribuno, escritor e orador foi uma grande personalidade não só no meio protestante, mas na sociedade brasileira. Sua influência e serviço foram reconhecidos através do nome dado a uma Escola Municipal e de uma praça no Rio, de uma rua em São Paulo, dentre outros no meio evangélico.
Infelizmente, a 04 de julho de 1925 o grande tribuno descansa no Senhor. O falecimento do Rev. Álvaro Reis foi noticiado em muitos jornais da então Capital Federal e um deles anunciava: “Morre o chefe dos protestantes”.

O NOVO TEMPLO SERIA UMA CATEDRAL

Em 22 de agosto de 1926 é instalado no Pastorado Efetivo da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, o Rev. Mattathias Gomes dos Santos. Verificando o estado do Templo, ele refaz o projeto de construção de um novo edifício; para isso convidou o Arquiteto Ascânio Viana, que projetou o novo local de culto. Assim, selecionando fotografias de templos e catedrais da Europa e da América, escolheu  - se construir um templo em estilo neogótico.Iniciada a construção não se poupou material, as bases eram tão firmes e sólidas que“poderiam suportar a passagem de uma locomotiva por cima do templo e não abalaria as suas estruturas”

– dizia o Rev. Mattathias. Uma grande campanha financeira sustentou essa obra que durou aproximadamente 14 anos. Assim, em 15 de maio de 1934, em culto solene, foi proclamado pelo Rev. Mattathias Gomes dos Santos:
“Para honra e glória do Trino Deus, para testemunho do Evangelho Eterno, para o bem e Glória do Brasil, declaro inaugurado este Templo.”
O templo foi inaugurado para honra e glória do nome do Senhor, faltando apenas alguns complementos, como as torres, piso, vitrais e decoração interna. Coube aos sucessores do Rev. Mattathias este feito.

A HISTÓRIA CONTINUA
Com a jubilação (aposenta-doria) do Rev. Mattathias Gomes dos Santos em 1947, assume o Pastorado da Igreja o seu Pastor Auxiliar, o Rev. Amantino Adorno Vassão.
O tempo passou e o revestimento externo em pó de pedra e os belos ornatos
cederam e precisaram de uma primeira restaura-ção em 1960.
As flechas sobre as torres, que faziam parte do projeto original do Eng. Ascânio Viana, não foram erguidas em alvenaria e nem no estilo gótico, conforme o original. Foram erguidas flechas metálicas em amianto de base quadrada mais simples e de rápida montagem.
A decoração interna ficou sob os cuidados da decoradora Maria Celina Simon e de arquitetos, pintores, marceneiros e serralheiros que em pouco tempo entregavam à Igreja: o lustre central, os plafoniers, o paravento, o púlpito, as arcas, as bandejas para os serviços de Santa Ceia, as passadeiras,
o candelabro de sete braços (réplica do que foi retirado do Templo em Jerusalém no ano 70 DC, quando da destruição da cidade pelos romanos),o porta-Bíblia. Assim foi feito, em 12 de agosto de 1976 foi concluída a obra complementar.

FASE ATUAL: ERGUENDO AS TORRES PARA A GLÓRIA DE DEUS
Passados cerca de 30 anos das obras realizadas no pastorado do Rev. Amantino Vassão, o Templo precisava de uma nova restauração. Com a jubilação do Rev. Amantino em 1981, assumiu o Pastorado Efetivo da Igreja do Rio o Rev. Guilhermino Cunha , em 10 de janeiro de 1981, que dentre muitas realizações destacam-se a restauração e conclusão do Projeto do Eng. Ascânio Viana,um sonho que muitos fiéis do passado esperavam. Em 1989 o Rev. Guilhermino, junto com a Comissão de Obras, resolveu iniciar a restauração do Templo. Seguindo o projeto original de 1927, com o auxílio de fotografias antigas do Templo, o arquiteto e urbanista Diác. Josias Alves de Souza iniciou um estudo construindo protótipos dos ornatos para auxiliar na reforma. “Erguendo as

torres para a glória de Deus”, este foi o título da exitosa campanha.Em 07 de julho de 2002, em culto solene, o Pastor da Igreja declarava concluída a restauração do Templo da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro: torres, vitrais, revestimento interno, piso externo em granito, banheiros, pintura interna e outros melhoramentos estavam concluídos. As flechas sobre as torres nunca antes construídas, torreões e a fachada posterior foram feitas e refeitas para glória de Deus e testemunho do Evangelho.

A PRAÇA REV. MATTATHIAS GOMES DOS SANTOS E ILUMINAÇÕES
Depois de algumas modificações urbanas na área do entorno da Igreja, em 24 de outubro de 1982, a Praça Rev. Mattathias Gomes dos Santos e a iluminação externa da fachada da Catedral tornaram-se realidade.
O Secretário Municipal de Obras da época, Dr. Renato de Almeida, representando o Governador Chagas Freitas e o Prefeito Julio Coutinho, declarou inaugurada a Praça.
O Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, Presb. Paulo Breda Filho foi o mensageiro de Deus no culto que precedeu à inauguração. Muitas igrejas irmãs e entidades se fizeram representar. Foi um dia de glória para o presbiterianismo brasileiro.

A Praça Rev. Mattathias Gomes dos Santos recebeu no dia 27 de abril de 2003 um conjunto escultórico-interativo: um monumento ao pregador e uma congregação com todas as esculturas em bronze. Representam o coroamento do projeto de restauração da praça, uma iniciativa da Prefeitura,
no governo do Prefeito César Maia. O Monumento ao Pregador é da autoria e criatividade do artista plástico Joás Pereira dos Passos – presbiteriano – as pegadas em bronze são passos da liderança da Catedral naquele ano: Pastores, Mesa do Conselho, Coordenadoria de Obras, Administrador Geral da Igre-
ja e os Presidentes das Sociedades Internas da Igreja. “A história passa por aqui e você faz parte dela”.

A ILUMINAÇÃO ARTÍSTICA
A primeira iluminação da fachada de nossa Igreja foi realizada com a inauguração da Praça Rev. Mattathias Gomes dos Santos em 1982. Posteriomente, na década de 2000, uma segunda iluminação foi patrocinada pela Rio Luz, órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro.
A terceira e atual iluminação foi inaugurada no dia 27 de março de 2005,patrocinada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro na gestão da Governadora Rosinha Garotinho, do Secretário de Estado de Energia e Petróleo
Wagner Victer e seu chefe de Gabinete Egnaldo Júnior, membro desta Igreja. O projeto foi da empresa francesa Citèluz. Um marco no Centro do Rio e no circuito turístico da Cidade Maravilhosa.

O QUE É SER PRESBITERIANO:
O QUE CREMOS, COMO CREMOS E POR QUE CREMOS
a) Doutrina

Como presbiterianos, afirmamos os antigos fundamentos da Igreja Cristã.
A Soberania de Deus e a Supremacia da Bíblia. A Palavra de Deus é a única regra infalível de Fé e de Prática, de doutrina e de Ética; aceitamos o Credo Apostólico; e expressamos nossa fé através da Confissão de Fé de Westminster, elaborada em 1647.

A Confissão de Fé de Westminster está subordinada à autoridade de Jesus Cristo como Ele proclamou e revelou nas Sagradas Escrituras – a Bíblia. Como os tempos e necessidades mudam, continuamos a exercitar nossa fé e aplicá-la na sociedade em nossos dias.
b) Aqui está uma síntese dos pontos  centrais da fé presbiteriana:

Cremos em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador
do céu e da terra.

Cremos em Jesus Cristo, seu Único Filho, nos-
so Senhor, o qual foi concebido por obra do Espí-
rito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob
o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; desceu ao Hades, ressurgiu dos mortos
ao terceiro dia; subiu ao céu; está sentado à direita
de Deus Pai, Todo-Poderoso, donde há de vir a jul-
gar vivos e mortos.

Cremos no Espírito Santo; na Santa Igreja de
Cristo, na Comunhão dos Santos; na remissão dos
pecados; na ressurreição do corpo e na vida eterna.

Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus, nos-
sa única regra de fé e prática.

Cremos na total incapacidade do homem para
obter ou contribuir a favor de sua própria salvação.

Cremos que o homem só pode alcançar sal-
vação através de Jesus Cristo que é o único media-
dor entre Deus e os homens.

Cremos na eleição incondicional daqueles
que Deus predestinou para a salvação.

Cremos que quando Deus manifesta sua gra-
ça ao homem, esta é irresistível.

Cremos que aqueles que são alcançados pela
graça de Deus perseverarão nela até o fim. Nós
pregamos, mas quem convence e converte é o Es-
pírito Santo, e “tudo o que Deus faz dura eterna-
mente” (Eclesiastes 3.14).
FILOSOFIA DE MINISTÉRIO
Esta é uma Igreja de portas abertas, voltada para a adoração a Deus e para a comunidade em amor e serviço com profunda consciência de justiça.
Uma Igreja com visão missionária e evangelística,fazendo discípulos para Cristo, formando pequenos grupos de crescimento, de comunhão, de oração, de integração dos novos irmãos e plantando

Catedral Presbiteriana

do Rio de Janeiro

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